domingo, 9 de novembro de 2014

Let me in

Nenhuma fórmula para conviver em sociedade, nenhum parâmetro a ser seguido. Todas as coisas são evidências deixadas pra indicar um caminho que não existe, pois ninguém nunca o encontrou. A dinamicidade, a correria, tudo é muito rápido nesse mundo novo. Tudo é muito superficial, a intensidade é somente subjetiva, ninguém adentra. Sabe-se de tudo um pouco, mas nada muito. A superfície é contemplativa e a profundeza, perigosa. Sabe, não há volta, me perdi lá dentro. A curiosidade e sensação de vazio me fizeram ir longe demais. Eu me perdi, e só me resta viver lá dentro com os poucos que também se aventuraram. Os livros, os filmes, as músicas, são organismos mais que vivos para mim, eles respiram. O contato com eles é intenso, muito mais que com qualquer ser humano, e eles não me empurram para fora, eles me deixam entrar.


- Por Thamara Venâncio

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