quarta-feira, 30 de junho de 2010



"E lá estava ela mais uma vez saindo de fininho de outro relacionamento.
Um relacionamento que não havia sido nada, mas que já a deixara triste o suficiente. Preferiu acabar com ele antes que piorasse. Ele estava longe, ela era apenas sua amiga. Mas se perguntava ás vezes se acharia alguém melhor comparado a ele. No momento ele está em questão.
Talvez ela o queire, talvez ela precise dele, a perfeição não está em julgamento. Era os seus defeitos que a fascinava.
Algumas coisas sobre a quais eles não se falavam.
Algumas coisas que ela escondia dele.
Ela se sentia tornar gelo de novo.
Com sua falta de transparência, nada durava tempo o bastante . No começo acham algo interessante.Um mistério. Mas em seguida não suportam por muito tempo o modo de como não sabe se expressar, totalmente explícita. Isso a deixa de joelhos em frente ao espelho, com gotas de lágrimas escorrendo pelo rosto e caindo ao chão formando uma leve poça. Uma leve poça de lágrimas. Lágrimas de arrependimento por ser de tal jeito.
Sua mente embaralha.
Um momento de clareza. Forma-se uma pergunta em sua mente: "Será que um dia encontraria alguém que gostasse dela do jeito que é?" .. "Será, será, será?" .. Disse repetidas vezes esperando que alguém respondesse. Mas nada, ninguém a ouvia, ninguém sequer respondia.
Tudo o que vivenciava punha em palavras e guardava para mais tarde ler e ver como foi tola em acreditar em certos pontos. Tentava escrever um livro, mas nada saía, pois sua vida era tão monótona que boa parte do tempo não tinha nada o que contar, nada o que compartilhar com outras pessoas.
E ia assim, passando seus dias se lamentando de nunca dizer o que sentia para quem amava. Por medo. Por certeza de não ser correspondida. Por ser fraca o suficiente e permanecer calada. Um silêncio que gritava, mas ninguém ouvia."



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terça-feira, 22 de junho de 2010




"Pode ser até que você seja mesmo bom pra mim , mas meu coração está tão acostumado com decepções e desilusões que , não me surpreenderia se você sorrisse com uma expressão até normal no rosto e disesse : ' você acredita mesmo em amor ?' , ou num gesto mais sutil , sumisse , e de forma delicada e , não menos dolorosa , apagasse cada sentimento no qual fiz questão de acreditar . E eu me pegaria novamente , e sem surpresa deitada na cama , lendo um livro , pensando em como preencher o vazio , novamente .
Tudo bem , eu posso até ser pessimista, não nego , vai ver que você seja mesmo bom pra mim , não desacredito , eu só não suporto a idéia de estar me apaixonando mesmo sabendo que isso ja aconteceu tantas vezes , e todas essas vezes eu acreditei."




-Lizandra Lima



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