domingo, 18 de setembro de 2011

Saia de casa ..

Porque isso é uma espécie de tudo e não é nada. Quero dizer, quando eu penso em minha vida e quem eu sou, eu acho que estou apenas lutando para acreditar em tudo, sabe? Que as coisas boas vão acontecer a pessoas boas, que as coisas irão funcionar, que ficará melhor. Me perguntaram o que me dá medo a ponto de me deixar assim. Falha. Eu acho. Todos nós lutamos. É parte da vida. Faz parte do viver. Eu não tenho ninguém que pode me ajudar enquanto luto, e essa é a pior parte: a solidão. A esmagadora e escura solidão, que me faz sentir como se não existisse mágica no mundo. Eu sei que o futuro é assustador. Sei que o mundo pode ser ameaçador. Mas devo saber que às vezes quando as coisas parecem mais desesperadas, pessoas me encontrarão. A ajuda está lá fora. E eu não estarei sozinha.




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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Atrasa ..

A pressa de querer beber tudo num gole só. Há pressa.
Apressa por favor,
os dias que passam devagar
enquanto eu teimo em não esquecer seu rosto.
Apresso-me em maneiras de fazer você se lembrar do meu.

Tudo que chega-me e de certo me encanta, não persiste.
Não fica.
Tudo aquilo que faz meus olhos brilharem tem pressa de partir.
Adianto o adeus, quase imploro para ouvir um tchau que eu mais gostaria que ficasse.

Fica de uma vez.
Eu sou de criar laços,
De perder tempo
E o jeito.

Eu devo ter feito tudo errado,
Eu sempre faço tudo errado.

Dou-te uma borracha
E mais uns dias.

Atrasa por favor,
Esse tempo que me faz esquecer de tudo e de todos.
Eu não quero esquecer.


P.F.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estado vegetativo da alma ..

Estou em um estado emocional vegetativo, em que nada me entretêm.

Minha alma se desprende do corpo e vaga por aí, perambulando, tentando encontrar respostas que não sei se existem.
Meus olhos se paralisam em estado de choque e as lágrimas se desprendem. Numa espécie de espanto noturno.
A culpa, a decepção, a falta que sinto me pisam tão profundamente que parece esmagar cada pedaço do meu corpo.
Esse nó que se atou em meu peito só é desfeito por alguns segundos em contato com alguém em especial, mas depois ele se ata novamente, embrulhando a boca do estômago.
Essa bebida amarga que degusto só me aumenta essa dor, aperta, espreme, tirando toda gota de lembranças boas.
Já não me lembro delas.
Não me lembro de nada.
Me cansei das palavras, mas estou repleta delas.
Me cansei das bebidas, mas me parecem a única solução.
Me cansei daqueles que me fizeram sofrer, mas estou rodeada deles.
É como viver cada dia da tua vida tentando esquecer, e tendo que conviver com aqueles que te fazem questão de lembrar.
Fazem questão de esfregar na tua cara o que tu realmente é.
Apenas mais uma em bilhões de pessoas que não consegue se adaptar neste mundo.
Tendo que explicar a estes tolos os motivos de seus risos, de suas lágrimas.
Mas a verdade é que, se eu contasse ninguém entenderia.
Se eu contasse, ninguém se importaria.
Se eu contasse, eu não me aguentaria.
Assim como uma ampla história que você imagina, mas logo depois esquece.
Como um livro elegantemente encadernado, mas numa linguagem que eu ainda não sei ler.
Pois meu peito ainda sofre por amores vãos.
Meu espanto fora tão grande de saber que eu era, mas acabaria um dia não sendo mais. Esse era meu medo, não ser mais. Hoje só preciso me dopar desses remédios que odeio.
Eu tenho que deixá-los. Eles têm de me deixar. Em paz. Comigo mesma.


Por Thamara Venâncio

sábado, 3 de setembro de 2011

Eu não estou aqui ..

Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali.



Charles Bukowski


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Olá querida,

o anjo do meu pesadelo, a sombra no fundo do necrotério, a vítima insuspeita da escuridão no vale. Podemos viver como Jack e Sally se nós quisermos. Onde você sempre pode me encontrar. E teremos o Halloween no Natal e de noite desejaremos que isso nunca acabe. Sinto a sua falta, onde você está? E eu sinto muito, não consigo dormir, não consigo sonhar essa noite. Eu preciso de alguém e sempre essa doente estranha escuridão vem se arrastando, me assombrando toda hora, e quando eu olhava, eu contei as teias de todas as aranhas, pegando coisas e comendo suas entranhas. Como a indecisão de ligar para você e ouvir sua voz de traição. Você virá para casa e acabar com esta dor essa noite? Acabe com esta dor essa noite.
Não perca seu tempo comigo, você já é a voz dentro da minha cabeça. Eu sinto sua falta.


Blink 182 - I miss you


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