Sensação estranha de que não sou capaz de coisas tão habitualmente simples para mim. Dessa vez talvez seja diferente. Só não entendo o porque.
Eu não estou a vontade para me perder no outro; não me sinto apta à compreender e consolar (muito embora a mim essa seja uma posição muito natural e o fato de não o fazer seja desconfortante).
Penso estar em um momento despretensioso, mas ao mesmo tempo seletivo e severo. Com paciência para os detalhes, para a delicadeza e para timidez, mas totalmente aversiva à faltas e a excessos. Ambos agressivos para esse meu modo de agora.
Sinto-me capaz de apenas estar ao lado de dois tipos de pessoas, ou o ser leve ou aquele consistente. Ou aquele cheio de sorriso e abraço ou aquele ser admirável de filosofia de atitude. O resto do leque dos tipos de pessoas anda me enojando: As contradições entre postura aqui ou ali, a falta de coragem, a falta de originalidade, as escolhas amargas, as escolhas fáceis, a ausência da alegria no cotidiano e tudo de mais que possa ser fraco e pequeno...Anda me embrulhando o estomago.
Não quero me justificar, não quero precisar vir a entender. Cada qual faz as suas escolhas, reproduz idéias e muda de direção. Eu assistindo à isso, calo-me.
Não me cabe questionar a tudo. Na verdade, não me cabe a questionar quase nada além do meu ser.
Mais uma vez eu chego a conclusão que tanto faz. O que me diz respeito já é tanto e já me dá tanto trabalho que eu não preciso me perder nas faltas e alternância de estado dos outros. Não nego que por convivência, rotina e amor eu estranho certas ausências (certas mudanças), mas sei aliviar o peso desse desconforto com facilidade.
A sensação esquisita que eu estou, circula entre essas questões e se aprofunda em mais outras duas coisas (acho), que talvez eu não saiba ainda dizer.
Sei que para almas opacas eu estou de férias.
P.F.
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