segunda-feira, 13 de junho de 2011

Na falta de palavras, as de outra ...

Sensação estranha de que não sou capaz de coisas tão habitualmente simples para mim. Dessa vez talvez seja diferente. Só não entendo o porque.
Eu não estou a vontade para me perder no outro; não me sinto apta à compreender e consolar (muito embora a mim essa seja uma posição muito natural e o fato de não o fazer seja desconfortante).
Penso estar em um momento despretensioso, mas ao mesmo tempo seletivo e severo. Com paciência para os detalhes, para a delicadeza e para timidez, mas totalmente aversiva à faltas e a excessos. Ambos agressivos para esse meu modo de agora.
Sinto-me capaz de apenas estar ao lado de dois tipos de pessoas, ou o ser leve ou aquele consistente. Ou aquele cheio de sorriso e abraço ou aquele ser admirável de filosofia de atitude. O resto do leque dos tipos de pessoas anda me enojando: As contradições entre postura aqui ou ali, a falta de coragem, a falta de originalidade, as escolhas amargas, as escolhas fáceis, a ausência da alegria no cotidiano e tudo de mais que possa ser fraco e pequeno...Anda me embrulhando o estomago.
Não quero me justificar, não quero precisar vir a entender. Cada qual faz as suas escolhas, reproduz idéias e muda de direção. Eu assistindo à isso, calo-me.
Não me cabe questionar a tudo. Na verdade, não me cabe a questionar quase nada além do meu ser.
Mais uma vez eu chego a conclusão que tanto faz. O que me diz respeito já é tanto e já me dá tanto trabalho que eu não preciso me perder nas faltas e alternância de estado dos outros. Não nego que por convivência, rotina e amor eu estranho certas ausências (certas mudanças), mas sei aliviar o peso desse desconforto com facilidade.
A sensação esquisita que eu estou, circula entre essas questões e se aprofunda em mais outras duas coisas (acho), que talvez eu não saiba ainda dizer.
Sei que para almas opacas eu estou de férias.

P.F.

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