sexta-feira, 29 de julho de 2011

Continuarei a bater ..

Os outros dando um passo a frente e você dando dez para trás. Será que não vê que isto é auto-destruição? É sim, deixe-me te explicar detalhadamente porque bem já sei que é só assim que me entenderia. Sabe aquelas pessoas que colavam de você na escola? Bem, você já parou bem pra olhar que elas estão passos na sua frente, digo, elas estão melhor de vida do que você, emprego melhor, salário melhor, bem casadas, viajando pelo mundo inteiro. Você que sempre sonhara tanto com estas coisas agora está aí, num empreguinho de merda junto com um salarinho de merda e totalmente sozinha, entendeu o que eu quis dizer? VOCÊ ESTÁ SOZINHA! Como você está suportando isso? Logo você que vivia rodeada de gente, sendo mimada até o último fio de cabelo, falando em cabelo, que merda de cor é essa que você anda pintando seu cabelo? Sério mesmo, quando dizem que você enlouqueceu não consigo sequer discordar. Você conseguiu   destruir em um ano o que você levou a vida inteira pra construir, tudo bem, não precisa resmungar, sei bem que ele partiu e te doeu muito, mas você tem que parar pra olhar e ver que ele não era a única coisa boa que você tinha, digo, pára um pouco e olha pra mim, eu quero sua essência de volta, não, não chore, se eu pudesse eu traria ele de volta pra você, trocaria minha vida pela dele, mas eu não posso, a única coisa que está ao meu alcance é assentar aqui e te dizer olhando nos seus olhos que eu não importo se você tem um emprego de merda, um salário de merda, um cabelo estranho, não importo mesmo, eu me importo com você, pois sei bem que tu não é assim, nunca foi, as pessoas dizem que você perdeu o encanto, não é bem o que acho, pra mim você não perdeu nada, pois te vejo inteirinha bem aqui na minha frente, e nem me vem com esse papinho de que quando ele se foi não te restou mais nada além de continuar respirando, não me vem com essa de que você não vai conseguir viver sem ele, não me vem com essas ladainhas de que eu nunca passei por isso, levanta, lava o rosto, enxuga essas lágrimas que parecem que estão grudados no seu rosto desde o ano passado, acorda, pare de sentir pena de si mesma, se não quiser fazer isso por você, que seja pelo menos por mim, ou por ele, porque por mais que eu não o conhecesse sei bem que não gostaria de te ver assim, certo? A gente tem essa mania de não gostar de ver quem amamos tristes, tanto mais despedaçados igual ao que você se encontra neste momento. Eu sei que dói querida, muitas coisas em mim doem também, já passei por muita coisa nessa vida. Não, não vou te contar agora, meu foco hoje é você, porque juro, juro que nunca vi tanto talento desperdiçado entre quatro paredes, tudo bem se tudo o que eu disser a você entrar num ouvido e sair no outro, eu não me importo, porque por mais que você não ligue pro que eu disser eu continuarei a bater o pé insistindo em te lembrar o quanto você é boa, continuarei a bater na sua porta todos os dias se for preciso.......................................Porque eu te digo tudo isso? O porquê d'eu insistir tanto? bem é que ........

quarta-feira, 20 de julho de 2011

.. O silêncio em quatro paredes de um cômodo em breu, as palavras mordendo a solidão são a grande razão, a única razão. Aquilo que se fechou um dia abre. Aquilo que é escuridão pode se tornar luz. Simples faíscas brotarão e você terá amor de novo, era esta tua promessa. Apenas não se desespere, apenas ouve teu coração, ainda está a bater não é? Pois é sinal de que ainda há esperança.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sem peso ...

'Leve, despreocupada e quase desimportante.
Há uma certa apatia nesse novo jeito, nesse novo olhar.
Nem eu mesma o reconheço.
Olho no espelho e nada.
Um olhar que só olha, que apenas penetra, tenta enxergar, mas que não procura mais do que está disponível. Uma alma que flutua tão devagar com a ponta dos pés e sutilmente que quase não é percebida ao se tocar com o chão.
Troco-me, confundo, não me aflijo.
Perco-me e não me importo.
Acho-me e tanto faz.
Como gosto, desgosto.
Às vezes derreto-me.
Por vezes me deixo ser.
Outras horas recolho-me.
Não estou preocupada, não estou aflita e minhas inseguranças e medos são tão bobos que eu até os dou ouvidos. Não me pesam.
Não me importo com nada mais.
Não clamo por salvação, perdão, justiça.
Não é justo, eu sei.
Mas lutar por isso já me rancou tanta coisa boa, que me retiro.
Cansei da densidade.
Do argumento.
Da coerência.'



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sábado, 9 de julho de 2011

Perdendo a batalha ..

'A vida é engraçada às vezes. Pode ser barra pesada, como quando se apaixona por alguém, mas esse alguém se esquece de te amar de volta; ou quando a sua melhor amiga e seu namorado te deixam sozinha; ou quando se puxa o gatilho ou se acende o fogo e não se pode voltar atrás. Às vezes, é mais fácil se sentir como se fosse o único no mundo que está lutando, que está frustrado, insatisfeito, que mal está conseguindo. Esse sentimento é uma mentira. Mas eu não consigo sair dele. Por mais que eu lute e me erga toda vez depois de cair, eu não consigo. Minha armadura é fraca demais. Eu sou fraca demais. Esta batalha está perdida. Mas a guerra ainda não acabou.'


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domingo, 3 de julho de 2011

Fugindo de espaço ..

'Descontrolada e insegura de mim mesma, saio às pressas sem saber ao menos onde pisar. Sei bem que não vou encontrar o que desejo, mas continuo seguindo, com meu pensamento longe daqui. Vou avançando na calçada até o meu destino. Pego o ônibus, ouço reclamações diárias de pessoas estranhas, meto os fones no ouvido, fujo de espaço. Chego em casa, encurto conversas, entro em meu quarto; olho, observo, só pra ter certeza de que tudo ainda está ali. Abro a porta do guarda-roupa e ela ainda range. O livro ainda está sob a cabeceira. Os filmes organizados na prateleira. Tudo em ordem, havia percebido então. Coloco a mão sobre o peito, continua batendo. Levo-as à cabeça, e ela ainda dói. Uma lágrima escorre, nada secou por inteiro. Enxugando-as, visto o suéter velho do meu avô, apago as luzes, deito, fecho os olhos, adormeço e sonho. Novamente em outro espaço, tudo mais calmo e tranquilo.'

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